quarta-feira, 3 de julho de 2013

Reminiscências

Ainda que o Tempo, implacável,
Seja carrasco de nossas emoções,
E um agonizar inexorável
Maltrate muito nossos corações,
Nada supera, em nossa alma,
O fulgor de se apaixonar!...
E eu, assim, insisto, com toda calma,
Na emoção de te amar...

Ainda que as agruras da vida
Deixem no espírito, cortes profundos,
E a mente se sinta exaurida,
E os demônios da dor sejam fecundos,
Nada supera, em nosso peito,
O gosto amargo de gostar!...
E eu, aqui, sempre me deleito
Na aventura de te amar...
Ainda que certas atitudes maltratem,
Seja por capricho, ou desatenção,
E dúvidas atrozes sobre nós se abatem,
Com o fardo pesado da desilusão, 

Nada supera, em nossa veia,
A força de um desejo, a pulsar!
 E eu, disperso, como grãos e areia,
Na loucura de te amar...

Ainda que surpresas haja no caminho,
Muitas das quais, puro sofrimento,
Que ferem fundo, tal qual espinho,
E mais do que sangue, jorrem tormento,
Nada supera, em nossa Vida,
O prazer infinito de se entregar!...
E eu, calado, sofrendo, morrendo, aos
prantos,
Sei que males existentes não são tantos,
Que me impeçam de sempre, sempre, te
amar...

(Sandro Toledo Rocco)  
Santa Albertina- SP

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