Ecoa em mim
o som
das aves,
mas ainda
assim
per
ma
nece o desejo dos homens,
o verde da grama,
o
marrom da
pele
Faces se entrelaçam no
balançar de meus
olhos,
no sombrear de minhas
tardes
entorpecidas pelo buraco de céu
no canto
das nuvens
Os ralos pingos se fundem
em meu suor
e exalam meu
perfume
misturam-se em espiral
os sonhos
da mulher que
passa com sua filha
Não sei pra onde,
nem o que,
nem porque
ela vai,
ela sonha,
ela sorri.
Sua filha
pequenina
brinca
e
cantarola,
enquanto a mãe a chama,
a pega pela mão
e a leva pela rua
onde,
talvez,
ela não volte a passar.
A mãe e a filha
dispersaram-se de mim
quando viraram a esquina
(mas eu não me dispersei
(mas eu não me dispersei
para elas, pois para elas
eu nem estava lá).
Victor A.
F. Prado
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